Nós, estudantes da Universidade de Campinas (Unicamp), junto com os estudantes das universidades públicas paulistas, estamos em greve pela defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e para todos. Há muitos anos o governo estadual vem destruindo a educação, não se importando com as necessidades do povo.
Toda a população tem o direito de estudar em Universidades públicas, por isso defendemos:
- A ampliação e democratização do ensino superior gratuito e de qualidade.
- A garantia de assistência estudantil (moradia, transporte e alimentação) necessária para que a população de baixa renda possa estudar e se manter na Universidade.
- Que a Universidade sirva aos interesses dos trabalhadores e não dependa da vontade de um governo ou de empresas privadas.
As poucas Universidades públicas e gratuitas estão sendo destruídas, e por causa da falta de investimentos não podem atender toda a população. Quem quer cursar uma Faculdade é obrigado a pagar por ela.
No início deste ano, o governador José Serra lançou Decretos que pioram a situação porque:
- Não aumentam as verbas para a Educação pública e gratuita.
- Impedem a contratação de professores e funcionários.
- Prometem a ampliação de vagas sem qualidade, para fins eleitoreiros.
- Fazem com que o ensino e a pesquisa sirvam a interesses privados e não de toda a população.
ESSA É UMA LUTA DO POVO, EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA, DE QUALIDADE E PARA TODOS. POR ISSO PEDIMOS O APOIO E PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO. VENHA CONVERSAR COM OS ESTUDANTES, CONHECER MELHOR NOSSO MOVIMENTO E A UNIVERSIDADE, QUE É DE TODOS.
19 comentários:
Vão estudar, cambada de vagabundo!
É ESSA IMAGEM DISTORCIDA DO MOVIMENTO, VEICULADA PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA, QUE PREJUDICAM O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO!
COMO PODE, OS VAGABUNDOS, ESTUDAR SE NÃO HÁ PROFESSORES?
SOMENTE AS EXATAS (COM INVESTIMENTO PRIVADO) PODEM TER AULA?
E AS HUMANAS?
QUEM SERÃO OS PROFISSIONAIS DO FUTURO QUE FORMARÃO OS INDIVIDUOS DA SOCIEDADE?
CHEGA DE PENSAMENTOS INDIVIDUALISTAS!!!
NEM SÓ DE EXATAS VIVE O HOMEM ...
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Deixando claro que isso representa apenas uma pequena parcela dos estudantes da UNICAMP. Curiosamente, representa os cursos mais fáceis de entrar E de se formar...
Burranas fedem.
Caro Vagabundo (orgulhe-se: Carlitos também não era um vagabundo?), acho que a pergunta é outra: como os vagabundos vão ter e os professores vão dar aula se bloquearam as classes, argumentando que "o direito de ir e vir que tanto reinvidicam é um direito burguês"?
Essa é uma tremenda duma pérola!
vagabundo vagabundo vagabundo vagabundo vai fazer pagode no bordel que deve ser a tua casa, pilantra...
COMO PODE, OS VAGABUNDOS, ESTUDAR SE NÃO HÁ PROFESSORES?
Santo Deus, que que será que o cara quis dizer com esta frase?
Alunos das exatas não podem reclamar da ocupação? ah, sim, somos os privilegiados... tá bom... Mas somos estudantes também, ou não?
Façam assim então: parem de falar em nome dos 'estudantes' da Unicamp quando forem fazer este tipo de cagada.
Assim as pessoas pelo menos ficarão sabendo que tem estudante sério também nesta universidade.
cursos mais fáceis de entrar...q besteraaaa....eu faço história e eh um curso mais dificil de entrar do que alguns de exatas....como estatística, matemática, física, engenharia agrícola....
Parabéns! vc passou num curso difícil. Deve ser inteligente. Então explique-nos a crítica ifchiana ao 'direito burguês de ir e vir'. Recorra aos seus estudos de História e nos esclareça esta pérola.
Caro amigo "Que não é Vagabundo".
Como não se identificou, não ficará ofendido. Permita-me descreve-lo...Cresceu num lar quentinho, poucas vez foi ao Coléginho caro que o Papai pagou de Onibus, e que quando chegava em casa jogava video game, dava uma dormidinha e uma estudadinha. Quando se cansava, gritava: Mamãe traz um Todinho pra mim!!! E dessa forma chegou aos 17 anos.
Já no 3ºano começou o cursinho, porque seu Pai, te conhecendo bem, percebeu que você, mesmo com essa vida mansa era muito burrinho e podia acabar não passando na Unicamp! Daí, você foi aprovado, e seu Pai, com toda cara de pau, fingiu que estava orgulhoso!!! Na verdade, estava aliviado!
Rapaz, se você tivesse que ter trabalhado e estudado em escola pública não estaria na Unicamp! Então deixa de ser tonto!
caro "aluno das exatas!!!" , não sei se entendi bem seu comentário, quer dizer que você também foi criado à maneira do que você quer descrever como "vagabundo"... e por uma conclusão "lógica", diz que é exatamente por isso que tal pessoa está na unicamp.
Eu fiz escola pública e estou na unicamp, num curso de humanas, e que é visto com tremendo preconceito por aqueles que parecem viver numa bolha e não conseguem fazer uma mínima associação de idéias que levem a conclusões e perspectivas a longo prazo... e se você não se diz vagabundo é porque talvez pense de uma forma egocêntrica imediatista e já "estuda" como uma máquina, e não sabe os fins para que seu trabalho é dirigido. Posso estar errado nestas últimas palavras, mas se você não se interessar por um diálogo sério, fique com minhas mesmas últimas palavras.
A dissidência do homo sapiens
GERALDO DI GIOVANNI
O grande ensaísta Terry Eagleton, da Universidade de Manchester, disse em algum momento que a principal característica dos radicalismos contemporâneos é a ignorância. Os radicais de hoje desconhecem por completo a história dos movimentos sociais do passado, seja do ponto de vista de sua inspiração (libertária ou autoritária), seja do ponto de vista de seus métodos (pacifismo ou violência), ou seja, ainda, do ângulo de sua pertinência ao campo do estado democrático (legal ou ilegal). Isso parece ser verdade.
Se nós procurarmos entender o que vem se passando com o recente surto de invasões de unidades universitárias, vamos nos deparar com um universo caótico de práticas, violências e discursos que acabam sempre se negando uns aos outros.
Se tal discurso — nem sempre coerente — reveste-se de elementos libertários, como a autonomia universitária e a democratização dos processos decisórios, contraditoriamente, a prática verdadeira é a violência facista: arrombamento de portas e instalações, impedimento da locomoção de pessoas, violação do direito de trabalhar e estudar, profanação do espaço institucional com festinhas regadas a álcool e infladas por outros odores. O conjunto todo emite ainda uma simbologia sombria.
Quem viu as fotos da primeira invasão, a da Reitoria da Unicamp, e deparou com pessoas encarapitadas nos telhados, com máscaras improvisadas com camisetas, não saberia distinguir um ato “estudantil” de uma rebelião de presídio, pois o efeito estético é exatamente o mesmo. E talvez a retórica também o seja, na medida que sua conotação revela uma espécie de marginalidade voluntária, assumida por grupelhos políticos, às vezes mais, às vezes menos organizados, que se recusam ou não conseguem — por pura ignorância ou também por burrice — adentrar o universo do diálogo democrático, regrado por normas institucionalizadas de convivência, fruto de um longo processo civilizatório.
Entretanto, por princípio, é sempre necessário compreender os radicalismos. Muitas vezes eles surgem por falhas institucionais que não permitem a expressão das demandas geradas na dinâmica da vida social e dos processos políticos, alijando grupos e comunidades das possibilidades de participação cidadã. Outras vezes, são respostas a situações autoritárias que se sobrepõem às regras institucionais. Não parece ser esse o caso das universidades paulistas, que vêm aperfeiçoando nas últimas décadas seus arranjos institucionais e suas formas internas de participação política, seja pela via de seus órgãos diretivos (departamentos, congregações, conselhos, entre tantos outros), ou seja pela via associativa (associações de docentes, sindicatos e diretórios estudantis). A institucionalidade de nossas universidades nos dias de hoje permite que todas as questões sejam solucionadas dentro da legalidade, da legitimidade e das boas práticas da sociabilidade política democrática.
Mas como então explicar tal surto de radicalismos? De um lado, trata-se de uma profunda ignorância sobre a natureza e os processo de participação política democrática vigente, o que poderia ser corrigido com um bom esforço pedagógico. De outro, trata-se de burrice e oportunismo (dos quais Eagleton não fala) de grupos atavicamente ressentidos que, dentro ou fora das academias, são os perdedores constantes no advento de nossa jovem democracia, Para eles a universidade e seu papel social não importa. O que lhes é caro, além de seus próprios interesses pessoais ou políticos, é a interminável sucessão de confrontos, não com pessoas ou instituições, mas com a democracia. É a dissidência do homo sapiens.
Geraldo Di Giovanni é professor aposentado, ex-diretor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da mesma universidade
21 de Junho de 2007 22:20
Pô, se esta gabi foi a que passou na História, imagina os outros, os que não passaram...
"Nós, estudantes da Universidade de Campinas (Unicamp)" ???
Parece até q todos apoiam essa falta de vergonha... =/
Caro Alexandre, me desculpe, eu também sou de escola pública, fui ironico no meu comentario! Não entendo a invasão como vagabundagem, tampouco o direito de greve! Além de ter estudado em escola pública também trabalho e ando de busão!!!
Você entendeu o contrário!!! Parece uma briga idiota contra o IFCH, que tem pessoas muito bacanas e inteligentes.....tem nego que ainda não esqueceu do vestibular!!! Deve ter sido a unica conquista da vida de alguns.....Espero ter exclarecido! Sou absolutamente a favor da Ocupação!!!
nego faz ironia mal feita, o outro boçal não entende... que piada...
"aluno das exatas!!!" concordo plenamente com você, existem muitas rivalidades infundadas, que são pura falta de diálogo.
hahaha.. pura incapacidade de usar bem o português escrito... que desastre
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